Na viagem de ida para estes merecidos dias de férias (para quem os vai gozar, são-nos sempre 😬), ia escutando conversas soltas de outros que aguardavam o voo de escala para o destino final. No meio do ruído, o ouvido fixou-se numa conversa em que alguém referia: “bla bla bla … S. Jorge, um dia chega para dar a volta à ilha, não tem grande coisa para ver!” Que facada no peito… Como eu gostaria de me ter intrometido e dizer: “Permita-me discordar! …”. Não o fiz, tentei antes fazer o exercício de me colocar na pele deles e, em boa verdade, não fomos melhores, também fomos ingénuos há uns anos atrás quando reservámos apenas um dia e meio para ver esta ilha do grupo central (nesse ano estivemos nas 5, a fazer aquilo a que se pode chamar de farejar ou picar o ponto, ficando apenas numa estadia mais prolongada na ilha do Pico). Do que já vimos e ouvimos, diria que Faial e Corvo sofrem do mesmo preconceito, 1 dia chega…
Relativamente a São Jorge, em boa verdade, para quem não está para se chatear muito, a ilha terá pouco para oferecer, não diremos 1 dia, mas 3 chegarão para bater os pontos/circuitos mais turísticos e tirar algum partido dos mesmos. De referir que a isto ajudará o facto da mesma ainda estar relativamente pouco explorada, turisticamente falando.
Quanto aos interlocutores da conversa, desconfio que se os voltasse agora a ouvir, feito o tour de um dia, quase que apostaria num: “que pena não termos passado mais uns dias, não aproveitamos isto, não fizemos aquilo..” Pelo menos foi o que aconteceu connosco e nos fez voltar à ilha dragão a ver se, desta vez, somos capazes de absorver a ilha e tudo aquilo que ela nos queira proporcionar… Pelo menos uns quantos queijos foram, que o diga o Melga Junior…