Road trip verão 2020 – Dia 2

Estrada Nacional N222

Continuámos a viagem pela estrada nacional 222, em direção a Peso da Régua. A viagem foi demorada, pois conduzir uma autocaravana de porte médio ou grande numa estrada com muitas curvas e por vezes muito estreita, é um ato de coragem, principalmente quando de frente nos aparecem veículos pesados e em excesso de velocidade… A primeira paragem neste trajeto foi o miradouro de Teixeirô. Dali avista-se a foz do rio Bestança, a albufeira da Pala, resultante da construção da barragem de Carrapatelo, a linha ferroviária do Douro e a ponte de Mosteirô. (Chegar a este miradouro com a autocaravana foi a primeira aventura: estrada estreita, sem sítio adequado para estacionar… logo que pudemos, parámos a “casa com rodas” e fomos procurar o miradouro a pé, o que vale é que faltava pouco!)

“Queremos água!” – gritavam eles.. A primeira paragem para banhos foi no ribeiro Cabrum. Na estrada nacional 222, encontrámos um estacionamento de terra batida e indicações para as poças do Cabrum. Ali passámos algum tempo a refrescar-nos na água límpida e a saltar para a “poça”, até a barriga dar sinais que, se calhar, deveríamos procurar algum repasto.

Almoço feito e saboreado ao som da água do rio a correr, fomos bem mandados e não fomos “cabrum”, deixando o local tal qual o tínhamos encontrado..
Continuando pela N222, o próximo ponto de interesse foram as termas das Caldas de Aregos. Paragem por breves instantes onde ainda deu para molhar as mãos na água sulfurosa e apreciar, a partir do seu porto, a forma em como a pequena localidade se desenvolveu sobre o anfiteatro natural para o seu porto.

Voltando a estrada e apesar de termos passado por muitos pontos de interesse tais como Resende ou Peso da Régua (este último até tem um parque de autocaravanas muito conhecido), acabamos por não explorar muito até porque, aliado ao facto de ser uma zona que já exploramos noutras ocasiões, sentimo-nos condicionados pelo porte da autocaravana. Se já andar com a bicha em alguns troços da N222 foi o que foi.. Dito isto, continuamos pelo miradouro natural que muitos troços desta estrada nacional nos proporcionam e assim foi até chegarmos um pouco antes de Pinhão. Neste ponto o perfil da estrada assume uma rota mais afastada do rio Douro pelo que resolvemos tentar (lembrai-vos da história da bicha..) fazer os tão afamados miradouros do rio Tua. Abandonando a N222 (é só um até já, faremos provavelmente o resto por altura das amendoeiras em flor), lá fomos nós sempre pelas estradas que nos ofereciam aparentemente as melhores condições para passarmos sem grandes calafrios, até ao miradouro do Ujo. Após algumas hesitações quanto ao melhor spot para estacionar, lá fomos ver as vistas (e que vistas).

Tínhamos mais 2 miradouros anotados (São Lourenço e Olhos do Tua) e ainda fomos até a localidade de Safres em direção ao de São Lourenço, de onde deu para perceber o traçado sinuoso que a estrada municipal iria assumir pelo que, aliado ao facto de nos parecer que a mesma estreitava, resolvemos perguntar a uns locais a melhor forma de chegar ao miradouro. Temos noção que eles proferiram algumas palavras, mas em boa verdade o que nos ficou foi a forma em como eles olharam para a bicha com cara de “têm a certeza?” Dito isto, meia volta, novos planos e fomos em direção a Torre de Moncorvo para pernoitarmos. Quando lá chegamos, ficamos um pouco apreensivos pois o parque estava vazio e é meio isolado, mas com o quase anoitecer lá vieram os vizinhos. A área em si está longe de ser tão boa como a da noite anterior, em contrapartida foi muito mais sossegada..

roteiro dia 2
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